A floresta de R$ 3 bilhões de Cristina Boner

Cristina: ela, que já foi sócia de Bill Gates, diga que a Teca pode conquistar até US$ 460 milénio por hectare

Em 1992, Cristina Boner era apenas uma jovem e promissora empresária do ramo de conhecimento, em Brasília. Naquele mesmo ano, o fundador da Microsoft, Bill Gates, o homem mas rico do mundo, veio ao Brasil pela primeira vez para se reunir com políticos e empresários. Cristina enxergou lá a possibilidade de sua vida. Alugou um avião monomotor e mandou que o piloto sobrevoasse a cidade carregando uma faixa com a seguinte mensagem: “Welcome, Bill Gates. TBA”. Ele não somente viu a faixa, como fez questão de saber a autora da homenagem.

Do encontro nasceu uma parceria com a Microsoft e um conciliação de exclusividade para a venda do sistema Windows no País. Com isso sua empresa se transformou em um sucesso rápido e, em 2009, deve registrar receita acima dos R$ 400 milhões. Bem-sucedida, Cristina continuou inquieta e criativa. E direcionou suas apostas para o agronegócio. Dona de duas fazendas localizadas em Unaí, em Minas Gerais, ela pretende fazer medrar na zona uma extensa floresta de Teca, madeira nobre mais valorizada do que o mogno da Amazônia. Um projeto com o qual Do encontro nasceu uma parceria com a Microsoft e um conciliação de exclusividade para a venda do sistema Windows no País. Com isso sua empresa se transformou em um sucesso passageiro e, em 2009, deve registrar renda acima dos R$ 400 milhões. Bem-sucedida, Cristina continuou inquieta e criativa. E direcionou suas apostas para o agronegócio. Dona de duas fazendas localizadas em Unaí, em Minas Gerais, ela pretende fazer crescer na área uma extensa floresta de Teca, madeira sublime mais valorizada do que o mogno da Amazônia. Um projeto com o qual.



blog aqui pretende oferecer a qualquer pessoa, mesmo a quem não tem um palmo de terra, a oportunidade de entrar no mercado de lavra de árvores. “A produção de Teca pode ser uma ótima opção de aplicação financeira de longo prazo. As árvores são um verdadeiro tesouro que poucos estão enxergando”, conta a empresária, que pretende utilizar como mote de venda o concepção de “aposentadoria verde”. A animação deve-se ao elevado montante que esse classe de madeira possui no mercado. Suas toras chegam a valer US$ 3 milénio o metro cúbico e sua rentabilidade é estimada em US$ 460 milénio por hectare, ao final do ciclo de 25 anos. Para se ter uma teoria do tamanho desse negócio, se atingida a meta de 3,6 mil hectares plantados com Teca nos próximos anos, seu faturamento chegaria a R$ 3 bilhões. “Optamos pela Teca devido à rentabilidade. O preço do mogno, na mesma idade, não chega a US$ 500 o metro cúbico. No eucalipto, mesmo com o ciclo limitado, o rendimento é até 60% menor. Aliás, a Teca não possui praga própria e seu manejo é fácil”, explica a empresária, que finaliza de produzir a Empresa Brasileira de Florestamento (EBF), responsável por tocar seus negócios rurais.

Para atrair investidores, Cristina pretende lançar mão de 2 modelos de investimento, criados com base no ciclo produtivo da Teca.



Espírito de vendedora: para conseguir a parceria com o possessor da Microsoft, ela alugou um avião que sobrevoou Brasília com uma tira escrita “Welcome, Bill Gates”

Mesmo precisando de 25 anos para atingir seu quesito de corte, a produção da árvore exige que a cada cinco anos seja feita uma colheita. De forma, os rendimentos já começam a florescer a partir dos primeiros cinco anos de produção e vão aumento junto com as árvores (leia gráfico na pagina seguinte). O melhor exemplo disso está no Profundeza Florestal gerado pela empresária. Segundo a EBF, a rentabilidade anual estipulada é de 15% no primeiro ano de investimento, 20% no segundo ano e, a arrebentar do terceiro ano, de 25%. “Vamos entrar com a terra e o conhecimento técnico, além de atuar como tradings desses investidores.

A taxa de retorno é superior a praticamente todos os investimentos disponíveis no mercado”, ressalta Cristina. Outro padrão é o sistema de condomínio florestal, que irá funcionar por meio da compra de um titulo de participação e o pagamento de uma taxa mensal de ajuda. Os valores dessas taxas ainda não foram definidos, mas variam como a quantidade de módulos adquiridos, sendo que o mínimo para participar é a compra de um módulo, o que corresponde a um hectare.

“A grande vantagem desse modelo é que nós somos donos da terreno e responsáveis pelo lavra, porém a produção é do investidor. A madeira é dele. Nossa estimativa é de um retorno de 20% ao ano, por 25 anos”, pondera o diretor jurídico da EBF, Alexandre Gomes da Silva, que afirma se olhar de uma aposta segura. “Estamos desenvolvendo uma brigada de incêndio e uma equipe treinada para garantir todo manejo da produção. Apesar disso, teremos garantido agrícola para prometer o pagamento aos investidores”, diga.

Com o projeto, Cristina festeja a possibilidade que encontrou para por último tornar suas fazendas rentáveis. As propriedades não são exatamente novas e já estão na família há mas de 20 anos. Mas, mesmo abrigando algumas cabeças de mancheia de leite, elas nunca foram vistas como um negócio e sim uma área de lazer para a empresária e suas três filhas. Especialmente pela rentabilidade da produção de leite, que nunca provocou animação. Um perfil que ficou para trás, da mesma maneira que o tempo em que a empresária viajava para a quinta em um Fusca, cheio de malas, sementes e mudas de plantas. Atualmente as duas fazendas, que somam uma espaço total de 1,3 mil hectares, já receberam investimentos da ordem de R$ 5 milhões e funcionam com sistemas profissionais. Desde que iniciou o semeadura de Teca, em 2007, são já cerca de 104 hectares, plantados com 102 mudas.

“Até 2010 deveremos ter 800 hectares plantados e chegar a um milhão de árvores”. Porém, no longo prazo, a ideia é chegar a ao menos 3,6 milénio hectares plantados e alguma coisa à volta de cinco milhões de árvores.”Já estamos de olho em novas terras para expandir a produção e nos próximos anos devemos investir mas R$ 5 milhões em aquisições de áreas, compra de equipamentos e produção de mudas”, explica Cristina, que também divide seu tempo na rancho com outra paixão: sua criação do cavalos mangalarga marchador.

Como a rainha da técnica pretende fazer do plantação de

árvores um negócio bilionário, atraindo investidores e vendendo

a aposentadoria verde



“Retorno para o investidor será de 20% ao ano”

Cristina Boner, uma das mais bemsucedidas empresárias do ramo de conhecimento, aposta no agronegócio e revelou à DINHEIRO RURAL seus planos.

Rústico – Como irá funcionar o padrão de condomínio?

Cristina – Trata-se de uma modalidade novidade no País. Nesse sistema, a pessoa compra um título e paga uma taxa mensal. Diante disso a vantagem é que o investidor não precisa arcar com o dispêndio da terreno nem com o semeadura. Nós entraremos com a terra e ele será dono de toda a produção.

Rústico – Qual vai ser investimento médio para quem planeja entrar nele?

Cristina – Ainda não fechamos os valores. Mas trabalhamos com uma simulação de que ao longo de 25 anos o investimento seja de R$ 60 milénio por hectare, para um rendimento de R$ 800 milénio por hectare. Isso sem falar da exploração do crédito de carbono.

Rústico – No caso do condomínio, a compra da madeira é garantida?

Cristina – Não por contrato. Até porque o investidor deve ficar de forma livre para buscar compradores no mercado. Porém, como trabalhamos com a estimativa de uma demanda crescente, acredito que absorveremos a maioria da produção. Também atuaremos como trading, intermediando a venda dos nossos investidores, por meio do pagamento de uma percentagem.

Rural – E no caso do altura?

Cristina – O altura é um padrão atrativo para o pequeno e médio investidor, que coloca grana na poupança. Ele poderá impor recursos e terá rendimentos a cada cinco anos, ao passo que forem feitos as colheitas. Um retorno médio anual de 20%.

Rural – Quando esses modelos estaram disponíveis?

Cristina – Nosso projecto é de que até o final de 2010 já estejamos recepcionando investidores. Nossas expectativas são as melhores, tanto que já estamos procurando áreas para expandir a produção.

Rural – Quando esses modelos estaram disponíveis?

Cristina – Nosso projecto é de que até o final de 2010 já estejamos arrecadando investidores. Nossas expectativas são as melhores, tanto que já estamos procurando áreas para expandir a produção.

Rural – Porque razão a aposta na Teca?

Cristina – Tivemos uma experiência com plantio de mogno, mas este vagar mas para crescer, tem muitas pragas e a rentabilidade é menor. O metro cúbico gastos em média US$ 500, enquanto o de Teca chega a US$ 3 mil. E o eucalipto possui um ciclo mas limitado, porém seu rendimento é até 60% menor.

Rural – Qual o custo desse plantio?

Cristina – Já investimos R$ 5 milhões, entre obtenção de terras, mudas, equipamentos e mão de obra. Hoje nossas fazendas trabalham com um custo mensal de manutenção de R$ 100 milénio.





Time agudo: o diretor jurídico, Alexandre Gomes; o técnico Daniel Martinez e o gerente Dante Oliveira (da esq. à dir) trabalham para garantir retorno ao investidor

Em 2003, ela concretizou investimento de aproximadamente R$ 500 mil na aquisição de animais e na infraestrutura de treinamento. Hoje em dia, o Haras Lamarão já cobija um plantel de 30 cavalos, com valor de mercado que varia entre R$ 20 mil e R$ 150 mil. “Estamos participando de muitas provas e exposições com resultados excelentes.

Arquivo Completo uma genética vencedora para entrar nos leilões”, diga Cristina, que se orgulha de ser uma das primeiras produtoras a apostar tanto em cavalos como em reflorestamento na localidade. “Ninguém criacriava cavalo nessas terras. E também somos pioneiros no lavra dessa espécie de madeira. Se quisesse fazer o que o mundo inteiro fazem, iria plantar eucalipto”, diz ela.

Como a rainha da conhecimento pretende fazer do plantação de

árvores um negócio bilionário, atraindo investidores e vendendo

a aposentadoria verde

Cristina tem motivos de sobra para confiar que fez uma ótima aposta. Com as exigências cada vez mais rigorosas quanto à certificação de procedência e a pressão para redução de incisão de madeiras nativas, o campo vem crescendo muito. Segundo dados da Associação Brasileira de Florestas Plantadas, o plantação de Teca é um dos que mas avançam no Brasil. Só em 2008, a extensão plantada cresceu 10%, chegando a cerca de 59 mil hectares. Em 2005, esse número não chegava a 40 milénio hectares. E os projetos de reflorestamento já atraem até investidores institucionais, como os fundos de pensão (leia box ao lado).

Utilizada especialmente na fabricação de embarcações e pela indústria de móveis de luxo, o mercado mundial de Teca tem desenvolvido a taxas de 14% ao ano. “Nos principais países produtores dessa madeira, como a Indonésia, o incisão está proibido. Nos países da Ásia, a madeira demora ao menos o dobro de tempo para chegar ao detalhe de corte, se comparado com o Brasil”, revela o mentor da Sociedade Brasileira de Silvicultura, Luís Flávio Veit. Mesmo no mercado intestino a procura é grande, como ressalta responsável de marketing da Intermarine, um dos principais estaleiros do País, especialista em lanchas de subida performance, Allysson Yamamoto. “Optamos pela Teca devido à sua beleza e durabilidade. Como os barcos tomam sol e chuva e estão em ambientes com subida umidade e maresia, é essencial que a madeira resista a essas condições. Apesar disso, o uso da madeira dá status ao produto.”

Cristina pretende atuar em todos elos da cadeia produtiva. “Vamos até implantar uma fábrica de móveis, com desenho industrial próprio para vender o produto final”, conta Cristina, que possui ainda outra cartada para lucrar com sua floresta privado: o sequestro de carbono. Segundo dados da empresa, os valores da tonelada de carbono sequestrado variam de US$ 3 a US$ 15 por hectare. E a estimativa é de que um hectare de Teca chegue a conquistar em média US$ 1.750. “Este será mais um atrativo para investidores.”

Com sua floresta, Cristina vive uma deliciosa ironia. Ela, que se destacou no planeta empresarial justamente pela velocidade de seu desenvolvimento e a rapidez de seus negócios, espera pacientemente pelo lento e inabalável processo da natureza, que promete, no futuro, atestar que grana deve sim, nascer em árvores. E deseja que a aposentadoria da Teca não seja só sua, mas de milhares de investidores.

Mário celso: o empresário será sócio do grupo JBSFriboi e dos fundos de pensão num projeto de reflorestamento

Plantas que visam o porvir

De olho na rentabilidade das florestas plantadas, o pecuarista Mário Sublime Lopes também decidiu apostar no domínio. Em sociedade com fundos de pensão e com a família Batista, controladora do grupo JBS-Friboi, ele lançou um dos mais grandes projetos de reflorestamento do País, o Florestal Fundura de Investimentos em Participações (FIP), retornado para o plantação de eucaliptos. Com 70 milénio hectares já plantados nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins, o fundo, estruturado pelo escritório de patrocínio Damarest & Almeida, deve dirigir um total de R$ 1,1 bilhão. O FIP, que teve seu lançamento interrompido no ano pretérito por conta da crise, já recebeu aportes de R$ 550 milhões, oriundos da Petros e da Funcef, fundos de pensão da Petrobras e da Caixa Econômica Federal, respectivamente. Recursos que vão ajudar na aceleração do processo de aquisições de terra e do semeadura de eucaliptos. “Vamos chegar aos 500 milénio hectares em todo o País”, diga Lopes, que explica que um dos aspectos que chamaram a atenção dos fundos de pensão, que subscreveram 49,5% das cotas do FIP, é o fato de se cuidar de um investimento de longa madureza.

“Os plantios de eucaliptos para uso na produção de celulose, estão aptos para o corte a gretar do sétimo ano”, diz Lopes, que explica que o fundo será fechado para demais investidores. “Porém vamos poder furar a entrada para novos investidores num segundo momento.” O projeto de reflorestamento é regressado para produtores de celulose, carvão-de-pedra vegetal, móveis e produtos florestais.

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